Olha, nós aqui novamente... Por uns problemas tivemos que parar um pouco de postar aqui... Mas já estamos de volta!!!
Em nossa ultima postagem paramos na apresentação do Guarujá... então...
Em nossa ultima postagem paramos na apresentação do Guarujá... então...
Nesse mesmo dia, depois de algumas ligações, descobrimos que a cunhada do Léo estava naquela praia, imediatamente ligamos pra ela para que pudesse nos ajudar a livrarmo-nos de mais uma parte da nossa bagagem.
Logo após a apresentação, a Vivian (a cunhada) nos levou até o Ap. que a família dela estava hospedada, chegando lá nos deu de comer (uma refeição quase de reis), deixou que tomássemos banho e que descarregássemos os vídeos da câmera e gravássemos em DVD, ainda se comprometeu a levar os DVD's nos Correios no dia seguinte.
Não pudemos dormir lá porque o Ap. era alugado, mas de qualquer forma, até então havia sido a pessoa que mais tinha nos ajudado.
No mesmo dia, seguimos em direção a praia do Perequê, chegamos às quatro e meia da manhã e o ônibus só sairia às 6:30, ou seja, ficamos um bom tempo lá, tentando descansar, digo tentando, pois, acredito que por ter uma densa mata ao lado, os mosquitos e pernilongos eram quase “máquinas mortíferas” e foi quase que impossível descansar e de lá pegamos o ônibus até a balsa para Bertioga.
Logo após a apresentação, a Vivian (a cunhada) nos levou até o Ap. que a família dela estava hospedada, chegando lá nos deu de comer (uma refeição quase de reis), deixou que tomássemos banho e que descarregássemos os vídeos da câmera e gravássemos em DVD, ainda se comprometeu a levar os DVD's nos Correios no dia seguinte.
Não pudemos dormir lá porque o Ap. era alugado, mas de qualquer forma, até então havia sido a pessoa que mais tinha nos ajudado.
No mesmo dia, seguimos em direção a praia do Perequê, chegamos às quatro e meia da manhã e o ônibus só sairia às 6:30, ou seja, ficamos um bom tempo lá, tentando descansar, digo tentando, pois, acredito que por ter uma densa mata ao lado, os mosquitos e pernilongos eram quase “máquinas mortíferas” e foi quase que impossível descansar e de lá pegamos o ônibus até a balsa para Bertioga.
O pé começava a incomodar e qualquer caminhada estafava por completo, estávamos a ponto de uma desistência quando resolvemos uma coisa nova, chegaríamos até Ubatuba de ônibus, onde poderíamos descansar na casa de uma amiga da família do Léo, A Mira e seu marido Valdir.
E assim o fizemos logo depois de algumas apresentações ali pelos quiosques.
Fomos muito bem recebidos, casa, comida e roupa lavada (nós lavamos as roupas...), decidimos entre nós mesmos que apresentaríamos novamente em Ubatuba no dia seguinte, aproveitamos o fim do dia para descansar, cuidar dos ferimentos e conhecer uma praia quase que deserta ali por perto.
Decidimos que voltaríamos em direção ao Sul ou interior, pois as praias a cima eram de classes mais elevadas e acreditamos que as pessoas mais humildes ajudem mais.
Passaríamos novamente por algumas cidades, mas apresentaríamos em lugares que não apresentamos ainda. E assim passamos nosso Natal... Longe de tudo que poderíamos chamar de familiar...
Feliz Natal...
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Assim que acordamos fomos para o centro de Ubatuba, apresentamos novamente em dois quiosques, a primeira apresentação desse dia foi recompensadora!
Partimos para Caraguatatuba e, chegando lá, compramos um Kit farmacêutico, tudo para cuidar dos nossos pés; apresentamos numa feirinha com pouquíssima gente, mas apresentação também foi ótima, começamos a descobrir como se atrai público e como se faz com que ele (o público) fique mais interessado no espetáculo. Foi a primeira apresentação que tivemos alguém da platéia interagindo diretamente com o espetáculo, um rapaz (bêbado) literalmente "entrou no meio da peça" e queria fazer tudo o que fazíamos, acreditamos que o resultado disso foi ainda mais público.
Ao término da apresentação conhecemos um outro rapaz que nos ajudou muito, o Renan Pangrácio (e foi o primeiro que não quis ser filmado), além de dar uma boa quantia para o chapéu, se ofereceu pra comprar algo pra gente comer, pedimos para que gastasse o dinheiro que já havia nos dado, mas mesmo assim, ele nos comprou uma pizza! Preciso dizer que ao menos pra mim, esse foi um dos melhores encontros que tivemos, um jovem com coração gigante que percebemos que não ajudava apenas a nós dois (eu e Vinícius) e sim, a qualquer pessoa que precisasse. Mas, acreditamos em uma coisa: Ele havia nos dito que jogava bola e que estava desempregado já, mas admirava nosso trabalho, pois sabia a dificuldade que era pelo fato de já ter ido pra uma cidade do interior por trabalho e não ter dado muito certo fazendo com que ele dormisse na rua durante um mês nas piores condições possíveis, portanto, pensamos que as pessoas ajudam somente quando sabem da dificuldade que é passar por situações difíceis.
Nesse dia acampamos num gramado ali por perto, enfrentando nuvens de mosquitos e ainda pior que isso, um grupo de jovens que passava ali por perto que pretendiam "zoar" nossa barraca de algum jeito, enquanto escutávamos a conversa deles, chegamos a ouvir até que um deles queria botar fogo na barraca, mas outro disse que não permitiria isso, pois um dia ele também pode precisar dormir na rua e que além de tudo, admirava a coragem (gente ruim existe, mas também existe muita gente boa!).
Durante a noite o Vinícius dormiu de mau jeito, quando acordamos, ele estava com uma dor horrível nas costas, mal conseguindo carregar a bolsa, então tivemos que tornar a pegar ônibus (mal tínhamos dinheiro pra comida, mas como estava muito difícil de conseguir carona, foi um gasto necessário.)
Pegamos vários circulares até chegar em Boracéia, onde não encontramos público algum em nenhum lugar.
Tínhamos apenas 2 reais e 20 centavos e precisávamos de 4 reais para chegar até Bertioga.
Foi a fase mais triste da viagem até então, sem público, à 30 quilômetros de Bertioga e 15, de Caraguatatuba, não podíamos andar e o tempo que pedimos carona foi em vão; então precisamos fazer o que nunca pensamos que fosse necessário... esmolar.
Encontramos um posto e expliquei a situação para um pessoal que abastecia o carro, logo que terminamos a história, nos deram 2 reais e assim juntamos dinheiro suficiente pra chegar em Bertioga.
Em Bertioga, nosso humor estava tão pesado quanto as mochilas, depois de muito pensar e conversar, apresentamos em uma das praças mais movimentadas e tiramos dinheiro suficiente para voltar para o Guarujá e comprar alguma coisa pra comer.
Chegamos ao Perequê de Guarujá encontramos mais duas pessoas legais... o Felipe e o Miller que nos viram e foram conversar conosco do nada, conversamos sobre muitas coisas, inclusive o fato de o Felipe também querer viajar de muchileiro.
Ao pegar o onibus para o centro de guarujá, ficamos lendo nossos livros e encontrei uma frase legal e quis dividí-la com o Léo, ao falar sobre como era importante fixarmos frases de impacto, uma senhora do meu lado disse que o unico livro importante mesmo era a bíblia... assim conhecemos a irmã Marta (que não quis ser filmada) e ela nos disse:
"Tudo que aprovado na Terra é aprovado no céu, porque Deus ele é tão perfeito que ele criou o homem, então nós somos a imagem e semelhança Dele e tudo que nós desejamos muito, do nosso coração, então Deus faz, porque Ele nos ama."
Chegando no Guarujá, como precisávamos muito de dinheiro, resolvemos apresentar lá novamente, já era bem tarde, mas mesmo assim, foram ótimas apresentações, e agora sim tínhamos algum dinheiro sobrando. Conhecemos também o Marcos que travalhava lá fazendo Henna e que disse que gostou muito da apresentação e que também tinha contato com artes circenses pois fazia pirofagia e perna de pau.
Passeamos um pouco pela praia e conhecemos um casal de amigos, passamos boa parte da noite com eles, com direito a banho noturno no mar e tudo, logo que eles foram embora, tiramos mais um cochilo na mesma praça e com o amanhecer, partimos pra Santos (com os pés machucados, bolhas gigantes, torcicolos e assaduras... Mas com o coração ainda cheio de esperança).
Sofrer faz parte, mas até então, tudo tem sido compensador!
Assim que acordamos fomos para o centro de Ubatuba, apresentamos novamente em dois quiosques, a primeira apresentação desse dia foi recompensadora!
Partimos para Caraguatatuba e, chegando lá, compramos um Kit farmacêutico, tudo para cuidar dos nossos pés; apresentamos numa feirinha com pouquíssima gente, mas apresentação também foi ótima, começamos a descobrir como se atrai público e como se faz com que ele (o público) fique mais interessado no espetáculo. Foi a primeira apresentação que tivemos alguém da platéia interagindo diretamente com o espetáculo, um rapaz (bêbado) literalmente "entrou no meio da peça" e queria fazer tudo o que fazíamos, acreditamos que o resultado disso foi ainda mais público.
Ao término da apresentação conhecemos um outro rapaz que nos ajudou muito, o Renan Pangrácio (e foi o primeiro que não quis ser filmado), além de dar uma boa quantia para o chapéu, se ofereceu pra comprar algo pra gente comer, pedimos para que gastasse o dinheiro que já havia nos dado, mas mesmo assim, ele nos comprou uma pizza! Preciso dizer que ao menos pra mim, esse foi um dos melhores encontros que tivemos, um jovem com coração gigante que percebemos que não ajudava apenas a nós dois (eu e Vinícius) e sim, a qualquer pessoa que precisasse. Mas, acreditamos em uma coisa: Ele havia nos dito que jogava bola e que estava desempregado já, mas admirava nosso trabalho, pois sabia a dificuldade que era pelo fato de já ter ido pra uma cidade do interior por trabalho e não ter dado muito certo fazendo com que ele dormisse na rua durante um mês nas piores condições possíveis, portanto, pensamos que as pessoas ajudam somente quando sabem da dificuldade que é passar por situações difíceis.
Nesse dia acampamos num gramado ali por perto, enfrentando nuvens de mosquitos e ainda pior que isso, um grupo de jovens que passava ali por perto que pretendiam "zoar" nossa barraca de algum jeito, enquanto escutávamos a conversa deles, chegamos a ouvir até que um deles queria botar fogo na barraca, mas outro disse que não permitiria isso, pois um dia ele também pode precisar dormir na rua e que além de tudo, admirava a coragem (gente ruim existe, mas também existe muita gente boa!).
Durante a noite o Vinícius dormiu de mau jeito, quando acordamos, ele estava com uma dor horrível nas costas, mal conseguindo carregar a bolsa, então tivemos que tornar a pegar ônibus (mal tínhamos dinheiro pra comida, mas como estava muito difícil de conseguir carona, foi um gasto necessário.)
Pegamos vários circulares até chegar em Boracéia, onde não encontramos público algum em nenhum lugar.
Tínhamos apenas 2 reais e 20 centavos e precisávamos de 4 reais para chegar até Bertioga.
Foi a fase mais triste da viagem até então, sem público, à 30 quilômetros de Bertioga e 15, de Caraguatatuba, não podíamos andar e o tempo que pedimos carona foi em vão; então precisamos fazer o que nunca pensamos que fosse necessário... esmolar.
Encontramos um posto e expliquei a situação para um pessoal que abastecia o carro, logo que terminamos a história, nos deram 2 reais e assim juntamos dinheiro suficiente pra chegar em Bertioga.
Em Bertioga, nosso humor estava tão pesado quanto as mochilas, depois de muito pensar e conversar, apresentamos em uma das praças mais movimentadas e tiramos dinheiro suficiente para voltar para o Guarujá e comprar alguma coisa pra comer.
Chegamos ao Perequê de Guarujá encontramos mais duas pessoas legais... o Felipe e o Miller que nos viram e foram conversar conosco do nada, conversamos sobre muitas coisas, inclusive o fato de o Felipe também querer viajar de muchileiro.
Ao pegar o onibus para o centro de guarujá, ficamos lendo nossos livros e encontrei uma frase legal e quis dividí-la com o Léo, ao falar sobre como era importante fixarmos frases de impacto, uma senhora do meu lado disse que o unico livro importante mesmo era a bíblia... assim conhecemos a irmã Marta (que não quis ser filmada) e ela nos disse:
"Tudo que aprovado na Terra é aprovado no céu, porque Deus ele é tão perfeito que ele criou o homem, então nós somos a imagem e semelhança Dele e tudo que nós desejamos muito, do nosso coração, então Deus faz, porque Ele nos ama."
Chegando no Guarujá, como precisávamos muito de dinheiro, resolvemos apresentar lá novamente, já era bem tarde, mas mesmo assim, foram ótimas apresentações, e agora sim tínhamos algum dinheiro sobrando. Conhecemos também o Marcos que travalhava lá fazendo Henna e que disse que gostou muito da apresentação e que também tinha contato com artes circenses pois fazia pirofagia e perna de pau.
Passeamos um pouco pela praia e conhecemos um casal de amigos, passamos boa parte da noite com eles, com direito a banho noturno no mar e tudo, logo que eles foram embora, tiramos mais um cochilo na mesma praça e com o amanhecer, partimos pra Santos (com os pés machucados, bolhas gigantes, torcicolos e assaduras... Mas com o coração ainda cheio de esperança).
Sofrer faz parte, mas até então, tudo tem sido compensador!
Chegamos a Santos, tomamos um banho em um daqueles chuveiros que ficam na orla da praia e fomos até o centro. No centro paramos para descansar em um banco e de repende... Uma tempestade que apareceu sem dar nenhum aviso.
Sem termos o que fazer, resolvemos ir até o encontro dos nossos amigos que conhecemos de Santos, pois eles estavam trabalhando naquela festa que recusamos trabalhar na primeira vez que viemos. Andamos algumas horas até chegarmos à festa. Festa que não preciso citar, pois foi no mínimo, mais exaustivo ainda. Pois era uma matinê, ou seja, festa para menores de 18 anos... Foi um tanto quanto assustador estar lá, uma porque nos sentíamos velhos demais em relação às pessoas que estavam lá, outra que, a maioria eram crianças querendo ser adultos, foi um tanto quanto decepcionante ver algumas cenas. Saímos da festa e como a chuva não parava. Decidimos ir até um corpo de bombeiros para ver se a informação que os bombeiros poderiam nos acolher era fato... porém... “a informação não confere” disse o cara que nos atendeu. Tudo bem... continuamos na chuva até acharmos algo que me parecia ser um prédio recentemente abandonado com uma coberturazinha e lá deitamos no chão encostados na porta e assim passamos a noite (surgindo daí a piada: “Somos mendigos, mas cultos e limpinhos”).
Sem termos o que fazer, resolvemos ir até o encontro dos nossos amigos que conhecemos de Santos, pois eles estavam trabalhando naquela festa que recusamos trabalhar na primeira vez que viemos. Andamos algumas horas até chegarmos à festa. Festa que não preciso citar, pois foi no mínimo, mais exaustivo ainda. Pois era uma matinê, ou seja, festa para menores de 18 anos... Foi um tanto quanto assustador estar lá, uma porque nos sentíamos velhos demais em relação às pessoas que estavam lá, outra que, a maioria eram crianças querendo ser adultos, foi um tanto quanto decepcionante ver algumas cenas. Saímos da festa e como a chuva não parava. Decidimos ir até um corpo de bombeiros para ver se a informação que os bombeiros poderiam nos acolher era fato... porém... “a informação não confere” disse o cara que nos atendeu. Tudo bem... continuamos na chuva até acharmos algo que me parecia ser um prédio recentemente abandonado com uma coberturazinha e lá deitamos no chão encostados na porta e assim passamos a noite (surgindo daí a piada: “Somos mendigos, mas cultos e limpinhos”).
Acordamos às 6 horas da manha e... Chega de dor. Fomos de ônibus até a Praia Grande, onde meus pais têm um apartamento lá, para podermos descansar e se recuperar dos machucados. Minha mãe ligou para o zelador (Valdomiro) e sua esposa (Neide) e pediu somente para que nos entregasse a chave reserva que fica com eles e que nos amparasse. Foi o que bastou para que descobríssemos, talvez, as pessoas mais incríveis que já conheci. Deram-nos comida pronta, comida para fazer, lavaram nossas roupas, lençóis para descansarmos no apartamento e até (mesmo recusando) dinheiro para irmos tomar um sorvete!
E assim... "Vamos que vamos"...
E assim... "Vamos que vamos"...